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Por que eu precisei do transplante?

  • Foto do escritor: Wanessa ferreira
    Wanessa ferreira
  • 22 de jan. de 2018
  • 3 min de leitura

Compartilhem esse post para que outras pessoas conheçam a minha história.

Essa é uma história um pouco complicada para eu contar, é uma história que envolve muito de mim e uma doença horrível que se manifesta silenciosamente.

Tudo começou com exames de rotina, exames para verificar o colesterol, triglicerídios etc...

Fiz esses exames porque eu comecei a chorar por qualquer coisa, estava indo mal nas matérias da escola, meu mau humor era constante e eu não queria sair de dentro do quarto.

Quando a minha médica da minha cidade (Taquari, RS) olhava os resultados dos exames sempre tinha algo acima do normal que ela não conseguia identificar o que era, com isso foram vários outros exames e nada ela conseguia achar. Então fui encaminhada para uma gastropediátrica, onde eu fiz muitos outros exames, mas o único que achou o que eu tinha foi o de urina 24hrs que mostrou alterações no cobre no meu organismo. Com isso a médica constatou que eu tinha Doença de Wilson concentrada no meu fígado, essa doença causa o acúmulo de cobre no organismo, pode acometer o fígado, os rins, bexiga, cérebro e olhos. No meu caso, o meu fígado "antigo" não conseguia filtrar o cobre dos alimentos.

A médica gastropediátrca me encaminhou para o Hospital de Clínicas de Porto Alegre para eu ser tratada melhor. No HCPA fiz mais vários outros exames para confirmar a doença. Os exames confirmaram, o tratamento para a Doença de Wilson era o uso do Cumprimine de Pelicilamina, mas meus pais não autorizaram o uso desse medicamento por conta dos efeitos colaterais. Então comecei a fazer o uso da segunda opção para o tratamento da Doença de Wilson, o Acetato de zinco, o qual ia quebrar o excesso de cobre que estava em excesso no meu organismo. Eu continuei com esse medicamento e me senti muito bem, não tive nenhum sintoma da Doença de Wilson e não parecia uma criança que tinha uma doença tão grave.

Mas em setembro de 2017 eu comecei a sentir um mal estar no meu corpo, comecei a ficar inchada, meus olhos começaram a ficar amarelados. Em uma tarde que eu estava muito inchada e com muita icterícia nos meus olhos e meus pais me levaram no plantão no hospital ISEV da minha cidade, lá eles me encaminharam para o Hospital da Criança Conceição, no conceição eles disseram que eu estava com hepatite e me isolaram em um quarto, quando souberam da Doença de Wilson eles disseram que o hospital não tinha condições de tratar uma doença tão grave, mas eles não queriam me transferir para outro hospital. Minha irmã entrou com uma ação de segurança e me transferiram para o Hospital de Clinicas de Porto Alegre, no HCPA eles já me conheciam e conseguiram fazer o tratamento para a doença, mas depois de alguns dias eu estava muito mal, entrei em coma e tive encefalopatia, eu não tenho muito para falar sobre isso porque eu não lembro da maioria das coisas. Eu entrei em estado crítico e só sobreviveria com um transplante. Depois de algum tempo eu consegui um fígado compatível.

Se não fosse por um ato de amor feito por uma família, que no momento mais difícil concederam que outra pessoa vivesse, eu não estaria aqui para contar a minha história.

Doe órgãos, salve vidas <3

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